sexta-feira, 15 de julho de 2011

O LIVRO QUE (QUASE) MUDOU A MINHA VIDA



Texto feito em fevereiro de 2011 para um trabalho de Redação da Professora Cleide Simões - 3º ano - Colégio Santo Antônio - Belo Horizonte - Minas Gerais

Como começar um texto sobre algo tão importante e determinante para a minha vida, direta ou indiretamente, e que envolve inúmeras e complicadas reviravoltas, destinado a alguém que nada sabe sobre ela? Visivelmente, decidi começar com uma pergunta retórica. Ou nem tanto.
Para ser inteiramente completo e claro a esse respeito, teria que citar vários episódios e situações que finalmente me compeliram a ler o tal livro que, evidentemente, não caberiam em 40 linhas. Por isso, tentarei ser o mais breve possível.
Tudo começou numa tarde de domingo (mentira, eu nem lembro), no final de 2001. Havia acabado de sair do cinema com meus pais e meu irmão, após assistir a um filme que, sem dúvida, iria marcar a minha vida. Era Harry Potter e a Pedra Filosofal.
Eu tinha oito anos de idade na época e ficara encantado com todo aquele mundo mágico. Não tive dúvidas: fui à livraria daquele pequeno shopping mesmo e comprei o segundo livro da série. Comecei a lê-lo imediatamente, motivado pela leitura como nunca antes.
Lembro perfeitamente que não passei da página sessenta. Pelo jeito, o gosto pela leitura não seria algo assim tão fácil de adquirir. Como gostar de algo em preto e branco, estático e, pior, que requeria um considerável esforço mental?
Após essa grande decepção, fiquei mais uns dois anos sem ler nenhum livro por conta própria que não tivesse ilustrações ou letras grandes. Não me recordo com exatidão quando comprei o livro que, de fato e de direito, me transformaria num verdadeiro leitor. Provavelmente logo após o terceiro filme da saga ser lançado, uma vez que foi o quarto livro, Harry Potter e o Cálice de Fogo, que definitivamente mudou a minha vida.
Dessa vez, já um pouco mais “velho” (dez ou onze anos), consegui terminar o livro. Não conseguia parar. Na verdade, por vezes tive que retardar um pouco a leitura para que o livro demorasse mais para acabar. Agora sim, eu havia aprendido não a ler, mas a gostar de fazê-lo.
O importante aqui não é o conteúdo nem as mensagens do livro em si. O importante é que, depois daquele dia, eu não era apenas mais um brasileiro, que lê dois livros por ano (via de regra, uma disfarçada auto-ajuda do Paulo Coelho e a Bíblia). Uns seis anos depois de O Cálice de Fogo, tenho mais de 120 livros comprados e lidos e outros tantos emprestados, entre eles grandes clássicos da literatura brasileira e mundial.
Não fosse por Harry Potter, hoje estaria lendo Crepúsculo.



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